Acusado de matar comerciane supostamente a mando da família Rezende enfrenta júri em Belém, nesta quinta,18.

O piauiense Francisco Leite da Silva, conhecido como Chicão, 58 anos, está sendo julgado nesta quinta-feira, 18, pelos jurados do 2º Tribunal do Júri de Belém, sob a presidência do juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, sob a acusação de prática de homicídio qualificado contra Silvério Loarencine, comerciante do Município de Ulianópolis. Na acusação está atuando o promotor de justiça Edson Souza e em defesa do acusado a advogada Porfíria Lúcia Carneiro de Lima. A sessão foi aberta às 08h, no plenário do júri Elzaman Bittencourt, andar térreo da sede do Fórum Criminal da Capital, na Cidade Velha.

O crime foi praticado naquele município e teve o júri desaforado para Belém, a pedido do promotor Rudier Barata, que atuava à época naquela comarca, por oferecer maior segurança. Além de Chicão outros quatro que estão recorrendo em instância superior para escapar do júri popular são Lindomar, Davi e Marta Rezende Soares, além de José Ernesto Machado também respondem por participação nesse homicídio. Os três da família Rezende são acusados de mandantes, enquanto José Machado participou intermedidando a contratação do matador.

A vítima foi assassinada por volta das 18h do dia 01/11/2004, em plena praça pública localizada no centro urbano do município de Ulianópolis. A vítima foi atingida na cabeça por tiros de arma de fogo, vindo a morrer no local, espalhando massa encefálica no gramado da praça, conforme laudo necroscópico. O processo foi instruído pelo juiz da comarca e após, concluído e com sentença de pronúncia, teve o júri desaforada para Belém, por medida de segurança.

Inicialmente só o executor fora denunciado, mas, com o aprofundamento das investigações a Polícia do Município chegou até a família Rezende. A promotora da comarca, Sintia Quintanilha Bibas Cardoso em aditamento, denunciou três de uma mesma família e adversários políticos da vítima: Lindomar, Marta e Davi Resende Soares, além de José Ernesto Machado, este último acusado de intermediar o crime, tendo ajudado na contratação do pistoleiro. O júri dos outros quatro acusados será definido após julgamento dos recursos. (Texto Glória Lima).