Desembargadora Maria do Carmo Araújo e Silva se aposenta após quatro décadas no Judiciário

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) homenageou, na sessão do Pleno desta quarta-feira, 27, a desembargadora Maria do Carmo Araújo e Silva, que está se aposentando de suas atividades na Magistratura. A solenidade foi presidida pela vice-presidente do TJPA, desembargadora Eliana Abufaiad.

A desembargadora homenageada recebeu flores e uma placa de reconhecimento das mãos dos desembargadores Milton Nobre e Maria de Nazaré Gouveia. A magistrada foi saudada pela desembargadora Marneide Merabet que destacou a trajetória da magistrada em 42 anos.

Lembrou que a carreira da homenageada no Judiciário começou em 1970, quando foi nomeada pretora do município de Salvaterra. Em 1980, após aprovação em concurso público, foi empossada no cargo de juíza de 1ª Entrância da Comarca de Gurupá. A magistrada chegou a Comarca da Capital, em 1993, quando se tornou titular da 1ª Vara Distrital de Icoaraci, ascendendo ao desembargo no ano 2006.

A desembargadora Marneide também ressaltou a postura profissional da homenageada, afirmando que a mesma chega ao ápice de sua carreira, concluindo seu tempo de magistratura, provida de experiência, sabedoria, honradez, probidade, tudo isso se observou na sua atuação como magistrada.

A desembargadora destacou ainda o legado deixado pela colega. Com sua dedicação e experiência profissional, adquirida ao logo dos anos de serviços público, Vossa Excelência contribuiu não apenas para a prestação jurisdicional, julgado milhares de processos, mas sobretudo para o aprimoramento, pelo engrandecimento do Poder Judiciário.

Emocionada com a homenagem, a desembargadora Maria do Carmo Araújo e Silva, agradeceu aos colegas, enfatizando que durante sua trajetória compartilhou de experiências que serão as alavancas para atingir metas desejadas. A desembargadora disse ainda que estava consciente de que era preciso conviver e aprender, finalizando dizendo que leva vagarosas saudades, silenciosas lembranças, em referência a poetisa Cecília Meireles.

Em nome do Ministério Público, o procurador Ricardo Albuquerque desejou êxito e saúde para a aposentadoria da desembargadora.

Na mesma sessão, o Pleno também homenageou o analista judiciário da Coordenadoria de Cerimonial e Relações Públicas, Paulo Mendonça Lédo. O servidor, que foi o primeiro a assumir a chefia do setor citado, está se aposentando após 27 anos prestando serviços ao TJPA.

Pauta Na pauta de julgamentos, à unanimidade, o Pleno acompanhou o parecer da Corregedoria das Comarcas do Interior, que pediu a abertura de Processo Administrativo (PAD) em desfavor do juiz Leonel Figueiredo Cavalcanti.

No relatório, a corregedora Maria de Nazaré Gouveia dos Santos explicou que, durante correição na Comarca de São Félix do Xingu, foram encontrados vários indícios de irregulares, que não condizem com os deveres legais de um juiz.

Entre os fatos investigados, está o uso de arma de fogo, a incineração de aparelhos de som automotivos sem os devidos procedimentos legais, a falta de urbanidade e arrecadação irregular de fundos. A relatoria do PAD será da desembargadora Vera Araújo de Souza. (Texto: Vanessa Vieira)

Confira abaixo o discurso da desembargadora Marneide Merabet

Excelentíssima Desa Eliana Abufaiad Presidente em exercício, na qual saúdo todos os Desembargadores presentes.

Fico satisfeita em ser convidada para saudar a nossa colega Desa. MARIA DO CARMO ARAÚJO E SILVA, neste momento de despedida das funções de Desembargadora do nosso Egrégio Tribunal.

Farei um breve relato sobre sua carreira: a magistrada exerce as funções de Desembargadora após 42 anos de atividade na magistratura onde ingressou em 25 de maio de 1970, como Pretora de Salvaterra comarca de Soure.

Aprovada em Concurso, foi nomeada para exercer o cargo de Juíza de Direito da 1ª Entrância na Comarca de Gurupá, em 08.12.1980, onde exerceu também a Diretoria do Fórum da Comarca de Gurupá , permanecendo ate ser promovida para capital em 1993 como juíza não titular de vara.

Promovida para a comarca da Capital em 02.09.1993, foi titular da 1ª Vara Distrital de Icoaraci, removida em 20 de novembro de 1995 para a 17ª Vara Cível da Capital e posteriormente para 11ª Vara Cível, permanecendo até a Promoção ao desembargo, 04 de agosto de 2006.

Há momentos na nossa vida, que jamais deveria chegar, mas o tempo e as circunstâncias são implacáveis e inesquecíveis.

Este é o momento que nós vivemos a termo de tudo quando a vida nos contempla, e haverá novo momento para viver. É necessário que se saiba viver cada um desses tempos, na solidariedade, no estudo dos processos, enobrecendo os sentimentos e assimilando as experiências que somente o tempo nos permite.

A nossa amiga Desa. Maria do Carmo possui esses predicados incontestáveis. Chega ao ápice de sua carreira, concluindo seu tempo de magistratura, provida de experiência, sabedoria, honradez, probidade, tudo isso se observou na sua atuação como magistrada.

Com sua dedicação e experiência profissional, adquirida ao logo dos anos de serviços público, Vossa Excelência contribuiu não apenas para a prestação jurisdicional, julgado milhares de processos, mas sobretudo para o aprimoramento, pelo engrandecimento do Poder Judiciário.

Vossa Excelência chega à aposentadoria com o sabor do dever cumprido!

Aqui fica nossa amizade, lembranças e ainda mais, ser amiga, reconhecendo que a amizade deve perdurar para sempre, que somente o tempo nos permite.

Receba o abraço carinhoso, o respeito e a admiração de seus colegas deste Tribunal.

Muito obrigada.